
A ação contra os dois apresentadores foi movida pelo governo de São Paulo. De acordo com o governo, tanto a filha de Silvio Santos quanto o apresentador da RedeTV fizeram declarações de “LGBTfobia” em seus respectivos programas.
Sikêra Jr aparece na ação, em decorrência das críticas feitas no Alerta Nacional no dia 25 de junho, quando falou da propaganda da rede de fast food Burger King que colocou crianças para “explicar” aos adultos sobre a diversidade sexual. Na ocasião, o pelêmico apresentador chamou os LGBTS de “raça desgraçada” e acrescentou: “A criançada está sendo usada. Um povo lacrador que não convence mais os adultos e agora vão usar as crianças. É uma lição de comunismo: vamos atacar a base, a base familiar, é isso que eles querem. Nós não vamos deixar!”.
Já no caso da Patrícia Abravanel, a apresentadora disse em seu programa que os conservadores também têm o direito de não aceitarem os LGBTs porque ainda estavam aprendendo a lidar com o grupo.
A Secretaria da Justiça de São Paulo confirmou os processos e afirmou que os dois profissionais serão intimados nos próximos dias. Por meio de nota, a gestão de João Dória também se pronunciou:
“O Governo de São Paulo e a Secretaria da Justiça e Cidadania não toleram a intolerância. Discriminação é crime.
Estamos abrindo expedientes administrativos de casos de grande repercussão na mídia para apurar a prática de LGBTfobia contra o apresentador Sikêra Jr, a apresentadora Patricia Abravanel, além de dois vereadores, um de Itararé e outro de São José do Rio Preto.
Em 2019 instauramos 20 processos administrativos por LGBTfobia, em 2020 foram 47, um aumento de mais de 130%.’
Fernando José da Costa, secretário da Justiça e Cidadania”.