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Crescimento do PIB brasileiro surpreende positivamente desde a pandemia

Foto do escritor: Redação - Em Foco Redação - Em Foco

A edição de setembro do Panorama do Comércio, publicado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), já está disponível. O desempenho econômico brasileiro segue surpreendendo os analistas, e o comércio se destaca como um dos principais impulsionadores do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024. De acordo com o relatório do Panorama do Comércio, divulgado pela CNDL, o PIB nacional cresceu 2, 9% no primeiro semestre, superando o previsto do mercado e consolidando uma tendência que vem se repetindo desde o início da pandemia, em 2020.


No entanto, o grande destaque fica por conta do setor de comércio, PIB cujo avançou 3,5% nos primeiros seis meses do ano, um resultado superior à média dos demais setores. Este desempenho reflete a resiliência do setor, que vem apresentando resultados consistentes mês após mês, conforme os dados de vendas divulgados pelo IBGE, e que, em julho, mais uma vez registrou crescimento, mantendo-se nos níveis mais altos da série histórica.


Impulsionadores do crescimento


O cenário de crescimento acima do esperado pode ser explicado por diversos fatores, entre eles, a elevação do chamado PIB potencial , que é o quanto a economia pode crescer utilizando plenamente seus recursos, sem gerar pressão inflacionária. Além disso, o país atravessa um longo ciclo de expansão do crédito e dos serviços financeiros. Um exemplo claro disso é a popularização do PIX, que trouxe uma nova dinâmica ao sistema financeiro.


Outro fator relevante é o aumento da renda média e a recuperação gradual do emprego, o que, em conjunto, tem proporcionado um ambiente mais favorável para o consumo. Apesar da inflação persistente, a economia segue em movimento.


Inflação e confiança do consumidor


Embora o cenário econômico apresente avanços positivos, os dados de inflação continuam preocupantes. A variação acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 12 meses segue acima do centro da meta estipulada pelo Banco Central, mantendo a atenção dos analistas e o alerta sobre a possibilidade de novas altas na taxa básica de juros (SELIC). O Banco Central tem sinalizado que pode ser necessário ajustar os juros para conter as pressões inflacionárias, agravadas pelas adversidades climáticas, como a longa estimativa e as queimadas em regiões estratégicas, que pressionaram os preços de alimentos e outros bens.


Apesar da melhora em indicadores como emprego e renda, o nível de confiança dos consumidores segue abaixo do ideal. Pesquisas mostram que, embora haja uma leve recuperação na percepção do momento atual, as expectativas para o futuro ainda são tímidas. Isso reflete o alto nível de individualização das famílias, um legado das duas graves crises econômicas enfrentadas nos últimos dez anos.



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