O mercado de trabalho continua aquecido. Segundo os dados do novo Caged, em julho, foram mais de 188 mil novos postos de trabalho formal, aquele com carteira assinada. No mesmo período do ano passado, foram criados 142 mil empregos. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Nos sete primeiros meses de 2024 foram gerados quase 1,5 milhão de postos de trabalho. Mais do que todo o ano passado.
Já o estoque, ou seja, o número de trabalhadores atuando com carteira assinada, é o maior da série histórica e passa de 47 milhões.
Mesmo com a boa notícia, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, rebateu análises de especialistas de que é preciso aumentar a taxa de juros. Para ele, é o contrário, é preciso atrair investimentos.
Todos os estados registraram crescimento do emprego formal em julho, com exceção do Espírito Santo, que teve uma queda de 0,11% devido ao fim da safra de café.
A recuperação do Rio Grande do Sul, atingido pelas enchentes em abril, está mais rápido do que o esperado, com um saldo positivo de mais de 6 mil postos de trabalho no mês passado. O ministro Luiz Marinho aponta que os números têm a ver com os investimentos na reconstrução do estado.
O setor com maior geração de empregos ainda é a área de serviços, com quase 80 mil postos em julho, seguido da indústria, 49 mil e o comércio, 33 mil.
O salário médio de contratação também teve variação positiva de mais de 1% em relação ao mês passado, alcançando R$ 2.161. Mas os valores ainda são diferentes entre homens e mulheres. Eles foram contratados por, em média, R$ 2.252, e elas por R$ 2.033.
Edição: Roberta Lopes / Liliane Farias